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segunda-feira, 17 de maio de 2010

Vermelho Escarlate - Capitulo 15 - Acasos

Capitulo 15 - Acasos







Eliot pula o portão da casa, com “sua” roupa inundada de sangue, o sorriso em seu rosto era perceptível, era como se ele estivesse perto de sua amada outra vez. O cabelo longo de Elizabeth o fez sentir de novo a sensação de matar Suellen, o jeito de mulher responsável, era isso que ele queria sentir, o amor por Suellen a cada experiência vivida.


Foi em direção ao lago, que lhe era bastante familiar e pela segunda vez, se banhou, naquelas águas. Enterrou as roupas que usava jogando-as na lama, perto de onde o corpo de Marta ainda continuava, e foi para cima, em direção a casa vazia.


Sua alma estava bem disposta, “seu” corpo nem tanto, precisava descansar. Deitou-se no sofá, e rapidamente pegou no sono. Seu espírito saio do corpo de Antonio, que precisa descansar.


Horas antes de Eliot, e Antonio descansarem, Cordelia andava sem rumo, com medo da escuridão da madrugada. Estava em um bosque, com distancia de mais ou menos 8 minutos da cidade. Avistou um portão, enquanto seu estomago roncava de fome, estava cansada e faminta. Olhou para o portão, ele era enorme, cheio de detalhes e algumas plantas se prendiam a ele. A garota tentou abri-lo, mas não conseguiu, estava trancado.


Decidiu então comer alguma coisa da bolsa que Maria preparou para ela. Retirou sua toca, abriu a bolsa e apanhou um lanche de pão e queijo que a senhora havia preparado. Começou a comer, da maneira que havia aprendido, com etiqueta. Mas logo notou, que não havia ninguém ali para tanta cerimônia, enfiou o lanche em sua boca, e comeu com gosto a comida, apanhou a garrafa de água que ela bebeu durante o percurso, tendo assim apenas metade, e a bebeu de uma vez.


Ao terminar de comer o lanche, arruma a bolsa como travesseiro e tenta se enrolar no sobretudo se encolhendo, fechou os olhos, e quando ela estava prestes a dormir, sentiu uma presença estranha, e ouviu um uivo. Achou estranho, pois em sua cidade não havia lobos, e nem imaginava encontrar um ali naquele lugar.


Suas mãos tremeram, e viu ao longe, uma fera correndo em sua direção.


Talvez o tivesse atraído com o cheiro da comida.


Estava assustada, e tremia, talvez nunca tivesse sentido tanto medo em sua vida, e talvez desejasse mesmo morrer naquela hora.


E só então notou... O quanto infantil era, sua vida corria perigo, e ela não se importava, porque deixava o sofrimento em primeiro lugar. Nunca havia parado para conversar com a sua mãe, ou agradecê-la por tudo, tinha medo de nunca ter dito que a amava. E daí se não a tivesse dito? Ela foi e é a mãe de Cordelia e por isso estava ciente de que Cordelia a amava, e estava feliz por tê-la tido como mãe, o pouco tempo que foi. Cordelia já não era apenas uma criança, ela deveria agradecê-la, não se deixar matar tão fácil. A criatura chegava mais perto, ela largou a bolsa, subiu o portão, se atirou para o outro lado, caindo de costas no chão, se arrastou se escondendo atrás de um arbusto de folhas roxas.


Antes de perder a consciência, ela viu um monstro de magreza indefinível, com olhos vermelhos e assas enormes que se abriam ao estraçalhar a bolsa da garota, seus braços eram finos, seu aspecto era de um lobo, seus dentes afiados do qual escorriam sangue. Aquele ser era o reflexo de um demônio.


Seus olhos se fecharam, e ela desmaiou na tentativa de se esconder o Maximo possível da criatura.

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