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segunda-feira, 14 de junho de 2010

Pausa...

Amores, por motivos pessoais e talvez até de saúde eu não vou postar por algum tempo, como a maioria das pessoas que leem aqui tem meu msn, eu avisarei no nick como avisei com todos os capitulos. Muito obrigada a quem leu, daqui a um tempo (nao sei quanto)  voltarei a postar, Vermelho Escarlate nao acabou ainda. Desculpe parar no climax... :/  

quinta-feira, 27 de maio de 2010

Vermelho Escarlate - Capitulo 17 - O Encontro

Capitulo 17







Cordelia sentiu seus cabelos castanhos ondulados levados pela água densa quando mergulhou. Abriu os olhos, via alguns fleches de luz cortando a água limpa, abaixo tinha algumas pedras de superfície arredondada, ate alguns peixes pequenos. Mas uma coisa a assustou, por de trás de seus ombros, avistou em baixo da água uma sombra reluzente de uma pessoa. Com o susto um pouco de água entrou em seu nariz, o que a fez tentar se apoiar em cima das pedras, mas como suas superfície era redonda acabou por escorregar e não conseguiu manter o equilíbrio. Mas o seu desespero foi interrompido, pela mesma pessoa que ela avia visto alguns segundos atrás.


Antonio ouviu um barulho estranho, e olhou para trás, avistando a garota se afogando, logo a puxou para cima, e a colocou em solo firme, mal sabia o que fazer, quase não se recordava de nada que aprendeu sobre primeiros socorros no hospital onde passou sua vida inteira. Olhou para a garota, tirou seus cabelos de sua face, e a fez iniciou o processo de respiração boca a boca.


Cordelia ainda estava um pouco cociente do que havia acontecido, mas estava prestes a desmaiar, mas antes que o fizesse, Antonio a recuperou.


_ Esta tudo bem? – pergunta o garoto enquanto segura o rosto de Cordelia entre suas mãos molhadas.


Ela olha pra um lado e para o outro, recordando-se do que havia acontecido, e se depara com a imagem de um garoto loiro, de olhos hipnotizantes, seus olhos se arregalaram e ela levantou rápido, batendo a cabeça na de Antonio, olhou para as mãos do garoto que a salvou e notou que em seus pulsos, havia uma estranha tatuagem em cada um havia uma cruz rodeada por uma corrente, e com um cadeado a fechando no centro.


_ Aiai!! – gritou a garota acariciando a própria testa com as duas mãos.


_ É doeu... – Antonio rio distraindo-se por um segundo e esquecendo de tudo o que havia acontecido. – mas você esta bem? Machucou? – não sabia o motivo, mas havia se encantado com a garota.


_ Estou bem... –respondeu a garota, mas logo cortou gritando – AAA! Não me encoste! Não lhe conheço, minha mãe sempre disse para não conversar com quem eu não conheço!


O garoto ri, e responde com um sorriso de canto:


_ e ela não lhe ensinou que não deve se invadir a casa dos outros?


Cordelia então nota que o garoto desconhecido na sua frente, estava apenas de roupa intima, vira-se gritando e tampando seus olhos.


_ Vista-se! Não se deve andar assim! Nem em casa!


_ Não fale muito... –sorriu. E tampou seus olhos levemente.


A garota grita ao notar que estava com roupa de dormir branca, que ao entrar em contato com a água ficou transparente, mas nada de tão vulgar, ela se esconde entre os próprios braços.


_ Não, não olhe! Pervertido...! – a garota começa a adquirir um tom avermelhado em sua face azeitonada.


_ Estou tampando os meus olhos, não vê? Bom, quando eu não for mais desconhecido, poderei lhe ajudar emprestando-lhe algumas roupas.


_ Não! Pervertido!


_ Tem certeza? – rio ainda tampando os olhos.


_ Absoluta certeza!


_ Ok então, vou indo. A saída é por ali. –apontou para seu lado esquerdo, virou-se de costas e foi andando.


A garota esperou alguns passos, olhou para os lados, envergonhada, e começou a segui-lo. Ele reparou, riu e voltou-se para o lado e falou:


_ Pensei que não falava com desconhecidos... – e logo avistou uma coisa que relembrou o motivo de tudo. Que o fez voltar a realidade, suas roupas sujas de sangue. Ficou pasmo, mas tentou disfarçar.


_ Eu não falo. – a garota respondeu e uma longa pausa aconteceu, enquanto os dois subiam as escadas ate a casa.


Antonio pensava em uma solução para tudo aquilo, sabia que se Eliot a visse, mataria-a, se é que ele já não a havia visto. Ele ainda não sabia ainda como funcionava o pacto, tinha muitas duvidas ainda não esclarecidas.


Não importava agora, ele tinha de tirá-la rápido dali, protegê-la, por algum motivo. Suas mãos começaram a tremer, e a garota notou a diferença.


_ Er... ta tudo bem? – perguntou a garota.


_ Não deve se preocupar com desconhecidos, eles são só desconhecidos. – respondeu tremendo e tentando evitar olhares.


_ Como se conhece uma pessoa? – pergunta a garota ainda o seguindo mais devagar agora.


_ Como se conhece uma pessoa? Sabendo o nome talvez...- a pergunta o atingiu, sabia que as únicas pessoas que conhecia era da família, e do hospício do qual ficou toda sua vida, ele não se lembrava de como era conhecer uma pessoa.


_ Qual seu nome? – perguntou a garota tímida.


_ Meu nome? Er... Antonio. – ele responde, ainda pensando em que fazer com a garota.


_ Não vai perguntar meu nome? Isso é falta de respeito com uma dama. É Cordélia.


E novamente o silencio se prolongou ate que chegaram em frente a casa de Antonio, uma casa branca com dois pilares em frente, alguns degraus, uma janela enorme com uma cortina manchada de amarelo, muitas arvores mal cuidadas, totalmente empoeirada.


Antonio abriu a porta, e a deixou aberta, caso a garota precise correr. Ele não sabia o resultado daquilo que estava fazendo, só queria sua irmã perto, porem, para tê-la era necessário alguém morrer, e ele não queria isso.


Levou-a ate o seu quarto, deu-lhe as menores trocas de roupa, e colocou o pijama da garota para secar. Ainda pensando na possibilidade de Eliot a matar.


Agora ela estava sentada no sofá da sala, esperando Antonio que havia descido para “resolver algumas coisas” e logo voltaria. Ele deu um jeito em sua roupa velha, a jogando perto do cadáver de marta.


E quando voltou, a garota estava deitada no sofá, dormindo.


Antonio então sobe ate seu quarto, abre a porta e se tranca lá dentro.


_ Eliot! Responda! – grita para si mesmo, tremendo e pálido.


Por alguns minutos não teve resposta alguma, quando uma sensação que já havia conhecido, o tomou de novo. Antonio caiu no chão no mesmo instante, desligou-se do mundo, dormiu.

quarta-feira, 26 de maio de 2010

Vermelho Escarlate - Capitulo 16 - O Gosto da Primeira Morte

Capitulo 16



Obvio que nem Eliot, nem Antonio, notaram a presença da garota entre os arbustos, ela já estava desmaiada a cerca de 4 horas quando “eles” passaram por ali.



Cordelia acorda entre galhos, folhas roxas a cercavam, se sentia vazia, e com medo da morte de sua mãe, e do “reflexo do demônio” que havia visto na noite passada.

Como estava vazia, não sabia o que pensar. Seu estomago doía de fome, sua boca estava seca de sede. Água era o que ela precisava naquele momento. Ate a água mais suja beberia, pois pior que passar fome, é ter sede.

Mas não se desesperava, pois não havia motivo algum para isso, tinha suas pernas e seus braços, mas não era motivo suficiente para ser feliz. Algo a faltava, e ela realmente queria que alguém o completasse para esquecer dos fantasmas, talvez de suas lembranças ruins e de suas ignorâncias.

Ouviu um leve barulho de água, folhas caindo, pássaros cantando, pois aquele lugar era muito silencioso, ela conseguia ouvir ate sua própria respiração. Então tentou seguir os sons de água. Foi andando para o lado direito, seguindo a trilha que era um pouco falhada.

Sentia um leve calor, decidiu tirar seu sobretudo marrom, revelando assim uma camisola branca de mangas compridas, com elásticos nas mangas e em baixo do busto, cheio de babados e laços parecia feito de um tecido fino e caro, como a seda.

A imagem da besta não a saia da cabeça, tinha medo, mas ao mesmo tempo sentia-se corajosa por não ter se deixado morrer, seria como suicídio. Era esse um dos motivos por ter levantado. Talvez estivesse amadurecendo, mas pensando bem, era tudo uma ilusão.

Talvez porque estava com fome, ou sono, ou ate mesmo sede, era loucura. Mas pensando bem, também não se importava com loucura. A loucura faz das pessoas sonhadores, e sonhar é algo positivo.

Quando notou, andava sem rumo, não seguia mais nenhum som, mas percebeu que estava perto de um lago. Esse lago era cortado por uma pedra enorme, que ali aparentava como uma espécie de cais alto, que dividia uma parte da lago. Tinha cerca de 1 metro e 40 de altura.

Ao olhar a água do belo lago azul, correu ate ela, e apanhou a água com sua mão, e a bebeu. A água daquele lago era estranha, o gosto dela era diferente. Você deve estar pensando que água não tem gosto, mas aquela água, mesmo não tendo paladar, aposto que o sentiria, pois era um gosto denso, semelhante a morte.

Cordelia a bebeu, e logo depois, atirou-se com roupa e tudo dentro dela, seu desejo por qualquer liquido era forte.



Antonio acordou com o corpo dolorido, e ao se levantar, por alguns segundos tudo se escureceu e uma forte dor de cabeça veio em meio a tontura. Apoiou-se no sofá, e empurrou-se para cima, fazendo assim, seu corpo ficar ereto.

Olhou para sua mão, e viu, estava coberta de sangue seco, sua roupa, seu rosto, seus sapatos, estavam banhados de vermelho.

Esfregou seus olhos, tentando imaginar como sempre, uma saída para todo esse desastre. Sabia agora que havia matado alguma pessoa, não lembrava direito quem era, mas de alguma maneira, sentia como se algo o faltasse, como se ao matar uma pessoa, uma parte de sua alma fosse retirada, morta.

Sentiu nojo de si mesmo, de sua roupa, e do vermelho sangue, mal tinha palavras para gritar naquele momento. Não acreditava que foi capaz de fazer isso, matar uma pessoa, mas o fez.

Agora era um assassino, um desprazível, um lixo, um qualquer, pior que qualquer outro, sua alma estava suja e incompleta.

Sem falar nenhuma palavra, desceu os degraus que ligavam sua casa a trilha que levava a o lago Montres. Tirando sua roupa peça por peça ate ficar apenas de roupa intima, chegando ao destino, se jogou dentro das águas, em busca de tentar se purificar. Seu gosto de morte se espalhou pelas águas.

segunda-feira, 17 de maio de 2010

Vermelho Escarlate - Capitulo 15 - Acasos

Capitulo 15 - Acasos







Eliot pula o portão da casa, com “sua” roupa inundada de sangue, o sorriso em seu rosto era perceptível, era como se ele estivesse perto de sua amada outra vez. O cabelo longo de Elizabeth o fez sentir de novo a sensação de matar Suellen, o jeito de mulher responsável, era isso que ele queria sentir, o amor por Suellen a cada experiência vivida.


Foi em direção ao lago, que lhe era bastante familiar e pela segunda vez, se banhou, naquelas águas. Enterrou as roupas que usava jogando-as na lama, perto de onde o corpo de Marta ainda continuava, e foi para cima, em direção a casa vazia.


Sua alma estava bem disposta, “seu” corpo nem tanto, precisava descansar. Deitou-se no sofá, e rapidamente pegou no sono. Seu espírito saio do corpo de Antonio, que precisa descansar.


Horas antes de Eliot, e Antonio descansarem, Cordelia andava sem rumo, com medo da escuridão da madrugada. Estava em um bosque, com distancia de mais ou menos 8 minutos da cidade. Avistou um portão, enquanto seu estomago roncava de fome, estava cansada e faminta. Olhou para o portão, ele era enorme, cheio de detalhes e algumas plantas se prendiam a ele. A garota tentou abri-lo, mas não conseguiu, estava trancado.


Decidiu então comer alguma coisa da bolsa que Maria preparou para ela. Retirou sua toca, abriu a bolsa e apanhou um lanche de pão e queijo que a senhora havia preparado. Começou a comer, da maneira que havia aprendido, com etiqueta. Mas logo notou, que não havia ninguém ali para tanta cerimônia, enfiou o lanche em sua boca, e comeu com gosto a comida, apanhou a garrafa de água que ela bebeu durante o percurso, tendo assim apenas metade, e a bebeu de uma vez.


Ao terminar de comer o lanche, arruma a bolsa como travesseiro e tenta se enrolar no sobretudo se encolhendo, fechou os olhos, e quando ela estava prestes a dormir, sentiu uma presença estranha, e ouviu um uivo. Achou estranho, pois em sua cidade não havia lobos, e nem imaginava encontrar um ali naquele lugar.


Suas mãos tremeram, e viu ao longe, uma fera correndo em sua direção.


Talvez o tivesse atraído com o cheiro da comida.


Estava assustada, e tremia, talvez nunca tivesse sentido tanto medo em sua vida, e talvez desejasse mesmo morrer naquela hora.


E só então notou... O quanto infantil era, sua vida corria perigo, e ela não se importava, porque deixava o sofrimento em primeiro lugar. Nunca havia parado para conversar com a sua mãe, ou agradecê-la por tudo, tinha medo de nunca ter dito que a amava. E daí se não a tivesse dito? Ela foi e é a mãe de Cordelia e por isso estava ciente de que Cordelia a amava, e estava feliz por tê-la tido como mãe, o pouco tempo que foi. Cordelia já não era apenas uma criança, ela deveria agradecê-la, não se deixar matar tão fácil. A criatura chegava mais perto, ela largou a bolsa, subiu o portão, se atirou para o outro lado, caindo de costas no chão, se arrastou se escondendo atrás de um arbusto de folhas roxas.


Antes de perder a consciência, ela viu um monstro de magreza indefinível, com olhos vermelhos e assas enormes que se abriam ao estraçalhar a bolsa da garota, seus braços eram finos, seu aspecto era de um lobo, seus dentes afiados do qual escorriam sangue. Aquele ser era o reflexo de um demônio.


Seus olhos se fecharam, e ela desmaiou na tentativa de se esconder o Maximo possível da criatura.

quinta-feira, 13 de maio de 2010

Vermelho Escarlate - Capitulo 14- A Verdade e o Primeiro Acusado

Capitulo 14 - A Verdade e o Primeiro Acusado




A maior parte da cidade ainda não sabia sobre o assassinato, porem notavam que algo estranho acontecia. Mas ninguém se importava, eles tinham sua vida, tinham de ir ao seu trabalho, e as crianças tinham de brincar em frente sua casa ate o entardecer.


Essa é a rotina da cidade, e é complicado aceitar que uma cidade assim mude por culpa de um assassino, por isso, a policia tentava deixar o mais escondido possível essa historia.


Na casa dos Hallen, Elizabeth não havia voltado do trabalho... Logo, Maria, a domestica, suspeitou, Elizabeth era pontual, e sempre estava na hora em todos seus compromissos. Era mulher certa e dedicada, que apenas tinha sua filha Cordelia em mente. Algum tempo depois Maria percebeu que ela não voltaria mais ali.


O que fez foi procurar a policia, e soube nisso que havia acontecido um assassinato. Ouviu dois policiais comentando sobre o assunto, e que era informação secreta...


Porem, ela sabia que havia uma pessoa que tinha de saber: Cordelia, mas não queria contar a ela, e vê-la chorar...


Chegou na casa dos Hallen, onde viveu como empregada, como sua mãe e sua avo foram, deixou seu chapéu e seu casaco no cabideiro. Olhou para os lados, limpou as lagrimas, e avistou entre os dedos a foto de Carmen Hallen.


Carmen era arrogante, vestia apenas roupas caras, usava produtos caros, e por isso, mal tinha dinheiro para sustentar seus filhos Jhonatan e George, ou seja, ela vivia em eterna miséria e luxuria.


Não demorou muito para algum guarda aparecer na casa dos Hallen, e perguntar sobre o boletim de ocorrência do desaparecimento de Elizabeth Hallen, que Maria fez mais cedo.


A senhora não conteve suas lagrimas.


Enquanto isso Cordelia escrevia mais um de seus sonhos, em seu caderno, mas ao mesmo tempo, sentia um vazio enorme, como se tivessem tirado algo de seu corpo, ou pior... de sua alma.


No andar de baixo, marta conversava com os policiais sobre o boletim de ocorrência. Não podia negar, que o fez, pois Elizabeth realmente não voltou para casa, e não poderia dizer que o fez, porque Cordelia seria levada para Carmen, que obviamente se aproveitaria da herança de Cordelia, ou pior, se aproveitaria de Cordelia.


_temos de levá-la senhora, amanha cedo voltaremos para apanhá-la e levá-la para morar com a senhorita Hallen.- diz um dos policiais admirando um dos vasos em cima do criado mudo da sala.


_ Não... Vocês não podem! Não para junto desta cobra!- grita Maria aos brandos, agarrando o uniforme do outro policial.


_ Me solte velha doida! –grita o policial a ela- o que vai fazer? Essas são as regras! É assim que as coisas são! – falou empurrando-a um pouco para trás.


E então, como Elizabeth era a única pessoa sumida da cidade inteira, decidiram-na por como morta, e esconder os fatos verídicos do resto da cidade.


Maria apunhalou um cigarro, colocando-o na boca e em seguida ascendendo-o com um isqueiro, tentando tomar coragem para falar com a pobre criança, escolhendo as palavras cuidadosamente.


_Maria, você está bem? – Cordelia aparece atrás dando-lhe um abraço – Você esta fumando... Isso não é muito comum de sua parte. Cadê minha mãe?


_Querida, aconteceu algo… - falou a domestica enquanto secava suas lagrimas com um pedaço de pano.


_ O que? É muito serio? Quer conversar?


_ sinceramente não quero falar-lhe, mas necessito de minha alma fazer isso, filha... – Maria passa as mãos em seus olhos vermelhos de lagrimas, abraça a garota e diz em seu ouvido – Vá embora Cordelia! Fuja em quanto da tempo! – depois de um abraço forte, largo-a e sentiu como se fosse uma mãe que acabara de dar assas a seu filho.


_ Mas, porque Maria?! – diz a garota confusa com suas mãos encolhidas em frente aos seus seios de adolescente. – E minha mãe?


_ Cordelia, ela não ira mais voltar! Eles querem levar você! Fuja filha, enquanto há tempo!


Cordelia se virou lentamente, e então correu para seu quarto, juntou seus objetos mais importantes como seu caderno, sua pena, um tinteiro, algumas peças de roupas simples e leves, e um lençol, algumas notas que achou em uma caixinha de sua mãe, e um colar de ouro puro que tinha ganhado de presente de sua mãe.


Apanhou um sobretudo marrom escuro, o colocou e foi em direção a porta da frente.


_Filha! –gritou Maria – Vá com deus querida, que ele te abençoe muito, e ouça minhas preces. – foi ate ela e lhe entregou uma caixinha cheia de comida, e com algumas ervas medicinais. – Leve isso filha, pode-lhe ser útil.- abraçou-a pela ultima vez, e lhe beijou a bochecha- tome cuidado...


_ tomarei... Obrigada Maria... – virou-se confusa e correu sem rumo, tentando entender o que havia acontecido. Cordelia confiava em Maria o suficiente para fazer isto por ela.


No outro dia de manha, Maria disse aos policiais que Cordelia havia fugido de casa na noite passada, e que não sabia onde ela estava, por isso, Maria foi indicada como uma das assassinas de Elizabeth Hallen.



sexta-feira, 7 de maio de 2010

Vermelho Escarlate - Capitulo 13 - Caso 777

Capitulo 13

“Caso setecentos e setenta e sete, dia 20 de junho, 8:30 da manha” – rasurava o estudante de medicina Afonse em uma de suas folhas de anotações. Ele estava acompanhando Isis Scarllete, uma detetive que foi indicada a esclarecer o caso. “corpo feminino, cabelos castanhos escuros encontrados espalhados pelo açougue.” É interrompido por Isis.
_Afonse, olhe. – aponta para um dos ossos jogados no chão. Ela fica pasma – Afonse... Olhe essas marcas... O que será que as fez? Fotografe agora mesmo.
_ Poderia ser um cachorro faminto senhorita... Talvez ele estivesse passando e... – Afonse é interrompido no meio das palavras.
_ Não foi um cachorro qualquer Afonse, a porta estava fechada, e cachorro não tem forca para deixar tamanho estrago. Observe as marcas verticais nos ossos, cachorros qualquer só conseguiriam fazer alguns buracos, e deixariam carne, pelo menos alguns pedaços, um cachorro não pode comer tanto assim...
_ E se fosse um bando de cachorros? – falou continuando a anotar em seu caderno.
_ Um bando de cachorros, deixariam pelos, fezes, e tudo bagunçado. E mesmo que fosse um bando de cachorros, não conseguiriam comer toda a carne de um açougue...- Isis se ajoelha e tenta procurar alguma coisa que a desse alguma pista.
_ Então o assassino calculou a hora, e assaltou, porem, alguém o viu então ele assassinou?
_É a solução mais obvia, porem ainda há muitos erros. Ou seja, não podemos chegar a nenhuma conclusão. Esperemos mais algumas provas. Faca me um favor?  Procure algum crime parecido com isso em algum jornal. – ela se levanta.
_ Crime?  Em qualquer outra cidade? –continua anotando, e apenas da uma pausa para arrumar o óculos.
_ Sim, qualquer crime, entendeu?
O jovem garoto ruivo deixa o lugar, passa por debaixo das fitas de isolação, e atropesando segue ate uma carruagem.
_ O que vai fazer com o garoto Detetive Scarlette? –Pergunta Albert Gouvêa, seu assistente.
_ Ele pode me ser útil. – respondeu a mulher.
_ Obvio. Seu forte nunca foi autopsia e aquele garoto é quase um gênio, um gênio bem desastrado mas... um gênio. – respondeu o policial rindo de lado da sua piada.
_ Não achei graça Albert. Esta insinuando que sou burra? – para em meio a conversa, e olha de uma maneira decidida e forte.
_ Não Isis. Estou dizendo que o garoto é inteligente, e esse caso difícil, qualquer ajuda é necessária não é? Já que o Doutor Willian morreu...
_Não cite esse nome aqui. – Isis se vira, e vai em direção a fita de isolamento, enquanto Albert observa-a de longe. Logo para, e volta o olhar ao assistente de novo – Pesquise sobre as marcas nos ossos. – e vai embora.

quarta-feira, 5 de maio de 2010

Vermelho Escarlate - Capitulo 12 - A Primeira Vista do Reflexo do Demônio

capitulo 12

Uma criatura se alimentava em meio a pedaços de carne. Seus olhos vermelhos olhavam a presa morta, e mastigava os restos mortais. De sua boca escorria o sangue da carne fresca. Metade lobo, metade passaro, com feições humanas. Aquele era Ferur, filho das águas do Rio Ván*, Ferur era um demônio de olhos vermelhos, meio demônio, meio anjo.
Em seu pescoço havia Gleipnir*, um grilhão macio como a seda. Suas presas afiadas, seu rosto e corpo coberto por pelos grossos, e uma asa da qual escondia sua magreza de fome, enrrolando-se no seu corpo. De sua boca saia duas línguas que sentiam o gosto da vitima e a devorava sem remorso. Sem emoções, uma criatura.  Seu nome?  Ferur.






* Gleipnir: Um grilhão macio como a seda forjado pelos anões a pedido de Odin, para prender Fenrir até a chegada do Ragnarök.Foi forjado com ingredientes muito especiais:o som do passo de um gato; uma barba de mulher; as raízes de uma montanha; os tendões de um urso; a respiração de um peixe e a saliva de um pássaro. (mitologia nórdica). De Wikipédia.