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quinta-feira, 13 de maio de 2010

Vermelho Escarlate - Capitulo 14- A Verdade e o Primeiro Acusado

Capitulo 14 - A Verdade e o Primeiro Acusado




A maior parte da cidade ainda não sabia sobre o assassinato, porem notavam que algo estranho acontecia. Mas ninguém se importava, eles tinham sua vida, tinham de ir ao seu trabalho, e as crianças tinham de brincar em frente sua casa ate o entardecer.


Essa é a rotina da cidade, e é complicado aceitar que uma cidade assim mude por culpa de um assassino, por isso, a policia tentava deixar o mais escondido possível essa historia.


Na casa dos Hallen, Elizabeth não havia voltado do trabalho... Logo, Maria, a domestica, suspeitou, Elizabeth era pontual, e sempre estava na hora em todos seus compromissos. Era mulher certa e dedicada, que apenas tinha sua filha Cordelia em mente. Algum tempo depois Maria percebeu que ela não voltaria mais ali.


O que fez foi procurar a policia, e soube nisso que havia acontecido um assassinato. Ouviu dois policiais comentando sobre o assunto, e que era informação secreta...


Porem, ela sabia que havia uma pessoa que tinha de saber: Cordelia, mas não queria contar a ela, e vê-la chorar...


Chegou na casa dos Hallen, onde viveu como empregada, como sua mãe e sua avo foram, deixou seu chapéu e seu casaco no cabideiro. Olhou para os lados, limpou as lagrimas, e avistou entre os dedos a foto de Carmen Hallen.


Carmen era arrogante, vestia apenas roupas caras, usava produtos caros, e por isso, mal tinha dinheiro para sustentar seus filhos Jhonatan e George, ou seja, ela vivia em eterna miséria e luxuria.


Não demorou muito para algum guarda aparecer na casa dos Hallen, e perguntar sobre o boletim de ocorrência do desaparecimento de Elizabeth Hallen, que Maria fez mais cedo.


A senhora não conteve suas lagrimas.


Enquanto isso Cordelia escrevia mais um de seus sonhos, em seu caderno, mas ao mesmo tempo, sentia um vazio enorme, como se tivessem tirado algo de seu corpo, ou pior... de sua alma.


No andar de baixo, marta conversava com os policiais sobre o boletim de ocorrência. Não podia negar, que o fez, pois Elizabeth realmente não voltou para casa, e não poderia dizer que o fez, porque Cordelia seria levada para Carmen, que obviamente se aproveitaria da herança de Cordelia, ou pior, se aproveitaria de Cordelia.


_temos de levá-la senhora, amanha cedo voltaremos para apanhá-la e levá-la para morar com a senhorita Hallen.- diz um dos policiais admirando um dos vasos em cima do criado mudo da sala.


_ Não... Vocês não podem! Não para junto desta cobra!- grita Maria aos brandos, agarrando o uniforme do outro policial.


_ Me solte velha doida! –grita o policial a ela- o que vai fazer? Essas são as regras! É assim que as coisas são! – falou empurrando-a um pouco para trás.


E então, como Elizabeth era a única pessoa sumida da cidade inteira, decidiram-na por como morta, e esconder os fatos verídicos do resto da cidade.


Maria apunhalou um cigarro, colocando-o na boca e em seguida ascendendo-o com um isqueiro, tentando tomar coragem para falar com a pobre criança, escolhendo as palavras cuidadosamente.


_Maria, você está bem? – Cordelia aparece atrás dando-lhe um abraço – Você esta fumando... Isso não é muito comum de sua parte. Cadê minha mãe?


_Querida, aconteceu algo… - falou a domestica enquanto secava suas lagrimas com um pedaço de pano.


_ O que? É muito serio? Quer conversar?


_ sinceramente não quero falar-lhe, mas necessito de minha alma fazer isso, filha... – Maria passa as mãos em seus olhos vermelhos de lagrimas, abraça a garota e diz em seu ouvido – Vá embora Cordelia! Fuja em quanto da tempo! – depois de um abraço forte, largo-a e sentiu como se fosse uma mãe que acabara de dar assas a seu filho.


_ Mas, porque Maria?! – diz a garota confusa com suas mãos encolhidas em frente aos seus seios de adolescente. – E minha mãe?


_ Cordelia, ela não ira mais voltar! Eles querem levar você! Fuja filha, enquanto há tempo!


Cordelia se virou lentamente, e então correu para seu quarto, juntou seus objetos mais importantes como seu caderno, sua pena, um tinteiro, algumas peças de roupas simples e leves, e um lençol, algumas notas que achou em uma caixinha de sua mãe, e um colar de ouro puro que tinha ganhado de presente de sua mãe.


Apanhou um sobretudo marrom escuro, o colocou e foi em direção a porta da frente.


_Filha! –gritou Maria – Vá com deus querida, que ele te abençoe muito, e ouça minhas preces. – foi ate ela e lhe entregou uma caixinha cheia de comida, e com algumas ervas medicinais. – Leve isso filha, pode-lhe ser útil.- abraçou-a pela ultima vez, e lhe beijou a bochecha- tome cuidado...


_ tomarei... Obrigada Maria... – virou-se confusa e correu sem rumo, tentando entender o que havia acontecido. Cordelia confiava em Maria o suficiente para fazer isto por ela.


No outro dia de manha, Maria disse aos policiais que Cordelia havia fugido de casa na noite passada, e que não sabia onde ela estava, por isso, Maria foi indicada como uma das assassinas de Elizabeth Hallen.



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